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Em casos de Alzheimer, tanto o paciente, quanto a família precisam de Psicoterapia

Alzheimer é uma doença que é basicamente senil, começando normalmente em indivíduos a partir de 65 anos. Alzheimer precoce existe, mas não é o mais comum. Nesses casos, o choque do paciente e da família é ainda maior, pois não é “esperado” que uma pessoa desenvolva a doença antes dos 65 anos.

Com relação aos sintomas, no início, é muito comum que o paciente comece a se sentir extremamente irritado. Em seguida, começam os pequenos esquecimentos ou confusões. Após o diagnóstico, há o primeiro “choque” e muitos pacientes recém-diagnosticados passam a lutar contra os cuidados. Há, neste momento, uma certa negação do próprio diagnóstico. Com o passar do tempo, a pessoa vai precisando de cada vez mais cuidados.

Nos diagnósticos de Alzheimer, o foco do tratamento é melhorar a qualidade de vida e otimizar a capacidade funcional do indivíduo, promovendo saúde cerebral com exercícios próprios para memória e capacidade cognitiva, redução do estresse, adesão medicamentosa e até uma rotina mais saudável de alimentação.

A meta é preservar o máximo a capacidade funcional do paciente.

O Alzheimer e a TCC

Na Terapia Cognitiva Comportamental, para a pessoa que tem Alzheimer, trabalhamos principalmente o cognitivo dela, com atividades que podem ser feitas para estimular esse cognitivo que irá se fragilizando com o passar do tempo, em velocidades variadas.

A TCC, por trabalhar muito com hábitos e crenças, irá ajudar o paciente a criar uma rotina e adesão de hábitos que ajudem no atraso do desenvolvimento da doença. O paciente irá ter a técnica para identificar seus sintomas e saberá como reagir melhor nas crises de esquecimento.

Mesmo que ainda não exista uma cura para a doença, a TCC irá possibilitar uma grande melhora na qualidade de vida do paciente e da família que o rodeia.

A família também precisa de terapia

Por outro lado, há uma família que sente muito os efeitos do Alzheimer no ente querido. O paciente passa a precisar de atenção e de cuidados específicos. O suporte familiar adequado é extremamente necessário.

Então a terapia cognitiva é essencial também para a família. A terapia irá ajudar nas adaptações, na forma de lidar com a sensação de perda que se instaura no seio familiar.

Muitos familiares relatam que se sentem em uma espécie de luto. A mesma sensação que se instaura, por exemplo, quando há um diagnóstico de câncer ou de doenças terminais. Por isso, se torna tão essencial que o cuidador tenha o suporte emocional necessário.

Atividades que podem auxiliar o paciente: (fonte: gazetadopovo.com.br)

  1. Organizar/ordenar cartas ou cartões de datas festivas (Natal, Aniversário, etc)
  2. Ler livros, histórias ou matérias de revista em voz alta
  3. Ler o jornal em voz alta (lendo a data completa para ajudar na orientação)
  4. Pintar ou colorir imagens (sem ser infantil)
  5. Limpar a mesa após as refeições (com os devidos cuidados para manter a segurança)
  6. Reproduzir músicas favoritas (desenhar, encenar, fazer mímica)
  7. Dobrar toalhas ou roupas tiradas do varal
  8. Lembrar de grandes invenções, bons livros ou programas de TV
  9. Cortar bonecas de papel, borboletas ou outras formas (com os devidos cuidados para manter a segurança)
  10. Lembrar de momentos passados e relevantes
  11. Fazer a unha da pessoa de cores que ela goste
  12. Incentivar que a pessoa conclua frases famosas, ditados populares ou trechos de músicas
  13. Montar um quebra-cabeça (sem ser infantil)
  14. Esfregar loção de mão, hidratante ou perfume (participando de atividades de autocuidado)
  15. Ajudar a catar feijão ou retirar sementes de verduras
  16. Fazer origami ou trabalhos manuais mais simples

 


Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental


Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

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