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O burnout em pessoas de alto cargo nas empresas

O Burnout tem sido identificado com bastante frequência em pessoas que possuem altos cargos dentro das empresas. Com cargos de grande responsabilidade, também há a necessidade de ter uma alta performance e uma maior pressão no indivíduo por parte das próprias empresas.

Claro que tudo depende da percepção da pessoa, ou seja, do impacto de problemas, absorção de demandas e manejo de crise. No entanto, muitas vezes esses indivíduos sofrem e “precisam” sofrer calados. Simplesmente, não há a quem recorrer dentro da empresa. Também, muitos não querem ser vistos como “fracos”.

A administração de equipe, ou em outro termo Gestão de Pessoas, ainda que seja remota ou híbrida, é, com frequência, um ponto de grande dificuldade. A pessoa tem, muitas vezes, facilidade para lidar com uma área do trabalho, mas quando se trata de lidar com outras pessoas, sente dificuldade e isso acaba se tornando um motivo significativo para seu sofrimento emocional.

Nesses casos, o direcionamento e foco nas otimizações são importantes, pois possibilitam que esses profissionais façam escolhas saudáveis para o negócio, prezando a integridade na saúde pessoal dele e dos subordinados.

No entanto, a sobrecarga de todos os papéis que esses altos cargos representam ao mesmo tempo podem causar a Síndrome do Burnout, que é, em resumo, o sentimento de fracasso e exaustão, causado por um excessivo desgaste de energia e recursos, gastos em função das relações intensas, com demandas, metas e pessoas.

O Burnout não só afeta no rendimento do trabalho como também na saúde física da pessoa, que acaba relatando dores nas costas, no pescoço, na cabeça, muitas vezes ficando evidente até mesmo na postura. O organismo também é afetado em função do alto nível de estresse que a pessoa está submetida.

As emoções ficam à flor da pele. O indivíduo sente grande dificuldade em gerenciar tais emoções, até que se sente exausto e incapaz de exercer suas funções. E, sobre isso, a TCC irá ter grande influência, pois irá ajudá-lo na reparação da percepção e enfrentamento do trauma gerado (flexibilidade cognitiva), e também trabalhará os comportamentos em prol de sua funcionalidade individual.

Ademais, a TCC irá trabalhar na manutenção da autoestima, do autoconceito e na adequação de expectativas desse paciente.

Ao melhorar a flexibilidade cognitiva, ou seja, ao mudar a percepção que existe a respeito das questões que envolvem o trabalho, há uma melhora muito notável nas relações interpessoais desse paciente, tanto no trabalho, mas principalmente no âmbito pessoal. Com isso, o paciente se permite ressignificar vários outros pontos de sua vida, enxerga-los de forma funcional, o que é imprescindível para um tratamento eficaz e com mudanças duradouras, uma vez que a forma como nos enxergamos, o autoconceito, dá base e estrutura (segurança) para grande parte das atitudes que tomamos.

Vale notar: profissionais de todos os níveis hierárquicos se beneficiam com a TCC e com a psicoterapia em geral. Mas a empresa também pode e deve trabalhar isso internamente através de ações de prevenção, visando a integridade de saúde mental de todos, por exemplo, através de palestras e orientação individual sobre Saúde Ocupacional e ações individuais com psicólogos.

Entender que o Burnout trará não só prejuízo para a equipe, mas também para os resultados da empresa, já é o primeiro passo para mudar o ambiente coorporativo e transformá-lo, cada dia mais, em algo saudável e sustentável.

Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

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