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Março Lilás – Câncer, maternidade e as escolhas da mulher

O mês de março é marcado pela campanha Março Lilás, que tem como objetivo, conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino.

Este é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Ele é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).

Na maioria das vezes, não causa doença, mas a infecção genital por esse vírus é muito frequente. Em alguns casos, no entanto, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Conscientizar pais e tutores sobre a importância da conscientização sobre este tipo de câncer é essencial pois, na grande maioria das vezes, ele pode ser evitado.

O acompanhamento psicológico faz-se essencial

Uma das grandes questões que afetam muito a saúde mental das mulheres é que este tipo de câncer prejudica a fertilidade das mulheres principalmente por impedir que esta estrutura desempenhe seu papel: conter a gestação dentro do útero. O crescimento dos tumores nesta região faz com que o colo do útero perca a elasticidade e a mulher pode perder a gestação por aborto espontâneo.

Além de ser extremamente necessário que a mulher acometida por essa doença realize o tratamento de maneira adequada, recomenda-se muito que ela também obtenha o tratamento psicológico adequado, visto que a infertilidade pode afetar sua autoconfiança, pode desencadear a depressão, pode influenciar no relacionamento desta paciente, pode influenciar na questão dos planos e desejos que muitas mulheres possuem de se tornarem mães.

Aqui, é importante esclarecer que, em muitos casos, mulheres portadoras de câncer de colo de útero podem preservar sua fertilidade durante o tratamento da doença e traçar estratégias médicas para uma gestação saudável e tranquila após a conclusão da intervenção.

O ponto-chave

Ser mãe ou não é, principalmente nos dias de hoje, uma grande questão feminina. Há, independentemente da escolha da mulher, uma enorme tentativa de diminuir e/ou questionar toda e qualquer decisão da mulher sobre o seu corpo, sobre suas escolhas, sobre sua profissão, sobre tudo, na realidade. A maternidade ou a não escolha por ela pode se tornar um peso para estas pacientes que acabam se tornando inférteis devido ao câncer de colo de útero.

Quero sempre que possível bater nesta tecla de que você, mulher, não é definida por querer se tornar mãe ou não. Você é um ser completo e repleto de outras questões que te definem como pessoa. Se ser mãe é algo do seu desejo, lute por isso, claro. Mas não deixe que outros decidam isso por você. Se você não tem esse desejo, você não pode ser criticada ou diminuída de nenhuma maneira por essa escolha. Assim como os homens tomam essa decisão com frequência, você também tem esse direito.

Em resumo, a Terapia Cognitiva-Comportamental pode ajudar muito as mulheres a tomar determinadas decisões e a se questionar e refletir sobre suas próprias escolhas de vida, principalmente em casos como um câncer de colo de útero, que influencia toda a vida da paciente.

Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

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