Cobranças excessivas, estresse, excesso de trabalho, dificuldade no relacionamento interpessoal dentro das empresas, são essas algumas das principais causas da Síndrome de Burnout, que ficou muito popular nos últimos anos e tem se tornado cada dia mais comum nos ambientes corporativos.
O Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de Síndrome de Burnout, segundo o International Stress Management Association (ISMA-BR).
Dados levantados pela Associação Nacional da Medicina do Trabalho (Anamt) mostram que a doença atinge 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores.
“Frescura” ou pedido de socorro?
O grande problema que envolve esta síndrome é que não é algo que possa ser diagnosticado facilmente. Uma série de fatores compõe este diagnóstico e ele deve ser feito por profissionais habilitados, como psicoterapeutas e psiquiatras. E isso pode causar uma confusão entre aqueles que estão passando por esta situação e até mesmo pela própria empresa.
A Síndrome ainda carrega o preconceito de ser “frescura” ou “fraqueza”, o que apenas dificulta o tratamento e a implementação de mudanças nos ambientes empresariais.
É essencial destacar que este problema não acomete somente aqueles que não estão felizes com seus trabalhos. Pelo contrário; o Burnout pode acometer os profissionais que, por gostarem do que fazem, trabalham excessivamente, num ritmo desgastante, deixando de lado suas vidas pessoais, sua saúde e seus hobbies, por exemplo.
Mas o que, de fato, é a Síndrome de Burnout?
Em geral, o Burnout é um intenso desgaste emocional e, consequentemente, físico relacionado à vida profissional de um indivíduo. É, verdadeiramente, um esgotamento da capacidade de trabalhar da pessoa afetada.
Além da dificuldade em exercer seu trabalho, alguns dos sintomas frequentes são distúrbios de sono, agressividade, apatia, desesperança e alterações de humor.
Na parte física, a pessoa pode sentir dores de cabeça, dificuldade de concentração, frequência cardíaca acelerada, falhas na memória, dores musculares, falta de apetite e também apresentar baixa imunidade, ficando mais suscetíveis a doenças.
A TCC é uma excelente escolha para este tratamento
A Terapia Cognitiva-Comportamental é muito eficiente para tratar o Burnout, pois ajuda o paciente a entender o que o fez chegar neste ponto de esgotamento, ensina técnicas que irão ajudá-lo a controlar suas emoções e pensar mais racionalmente.
Também, através do trabalho com as crenças disfuncionais e aplicar técnicas de reestruturação cognitiva. Além disso, as técnicas de respiração podem ser muito úteis para o paciente evitar e/ou restabelecer-se durante crises.
A Síndrome de Burnout irá exigir do paciente uma mudança de hábitos e também neste ponto a TCC será de grande utilidade para realizar uma psicoeducação do paciente, reforçando a importância de mudar aqueles pensamentos, hábitos e escolhas que o fizeram chegar até ali, naquela situação difícil e que gera muito sofrimento.
Existe cura?
Podemos dizer que não há uma cura em si, mas o tratamento pode ser tão eficiente que o paciente pode não voltar a ter sintomas da Síndrome. É ainda uma doença que está sendo muito estudada, mas pode gerar consequências na vida da pessoa afetada, incluindo o próprio afastamento do trabalho para que o indivíduo possa passar pelo tratamento.
Se você se identificou com algum ponto da Síndrome de Burnout, procure ajuda profissional!
Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental
Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental