Segundo a ABDA (Associação Brasileira do Défict de Atenção), o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, também conhecido como TDAH, é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e, frequentemente, acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.
O paciente que possui este transtorno deve ser acompanhado por um psiquiatra para que possa realizar o tratamento medicamentoso adequado e o tratamento psicoterapêutico.
Aqui cabe ressaltar que o psiquiatra é o profissional que vai equilibrar o funcionamento neuroquímico de cada paciente, quando o caso for de um transtorno mental. Já o psicólogo, vai atuar na funcionalidade do paciente frente às questões pessoais dele e manifestações psicológicas do transtorno.
Por se tratar de um transtorno que desequilibra as duas partes, é importante o acompanhamento mútuo até que o tratamento atinja os objetivos e o paciente conquiste a funcionalidade dele. Em alguns casos, acontece alta da terapia e não da medicação.
Ainda segundo a ABDA, a TCC é a psicoterapia indicada para o tratamento do TDAH.
De acordo com a associação, não existe até o momento nenhuma evidência científica de que outras formas de psicoterapia auxiliem nos sintomas de TDAH.
No tratamento desse transtorno, a TCC tem a função psicoterapêutica de proporcionar algumas mudanças que fazem a diferença no dia a dia da pessoa que convive com TDAH. Com relação ao transtorno, a TCC segue a linha de pensamento que relaciona o componente neurobiológico e sua representação para os problemas manifestados pelo paciente.
Durante a psicoterapia, serão realizadas quatro etapas: a psicoeducação, a avaliação das comorbidades, as intervenções cognitivas e comportamentais do indivíduo e as adaptações no ambiente do indivíduo para que os ganhos do tratamento perdurem. Estas técnicas têm como objetivo dar ferramentas ao paciente para enfrentar conflitos do dia a dia, desenvolvendo algumas funções importantes como: a atenção, o planejamento e a resolução de problemas, diretamente relacionadas às funções que se mostram precárias em pacientes que apresentam déficits de atenção.
Felizmente, com o tratamento, é possível que o paciente tenha uma boa qualidade de vida. Mas, é importante ressaltar que na maioria dos casos, este acompanhamento necessitará ser realizado durante toda a vida do portador de TDAH, ou, ao menos, que sejam realizados acompanhamentos de manutenção.
Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental
Gabriela Di Modica Braga
CRP 06/139645
Psicoterapeuta e Supervisora
Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental